Responsorium de vanitate divitiarum
(Inspirado no Evangelho de Lucas 12,13-21)
R. Domine, refugium factus es nobis a generatione in generationem.
Senhor, foste para nós um refúgio de geração em geração.
(Salmo 89,1 — Vulgata)
1. Priusquam montes fierent, aut formaretur terra et orbis: a saeculo et usque in saeculum tu es Deus.
Antes que os montes nascessem, e que se formassem a terra e o mundo: de eternidade em eternidade, tu és Deus.
(Salmo 89,2 — Vulgata)
2. Reducis hominem usque ad pulverem: et dicis: Revertimini, filii hominum.
Reduzes o homem ao pó e dizes: Voltai, filhos dos homens.
(Salmo 89,3 — Vulgata)
3. Quia mille anni ante oculos tuos tamquam dies hesterna quae praeteriit: et custodia in nocte.
Pois mil anos diante de teus olhos são como o dia de ontem que passou: como uma vigília da noite.
(Salmo 89,4 — Vulgata)
4. Eruditi sumus, Domine, in timore tuo: et iram tuam timuimus.
Fomos instruídos, Senhor, no temor de ti: e tememos tua ira.
(Salmo 89,11 — Vulgata)
Reflexão
A parábola do rico insensato revela o vazio de uma existência fundamentada na posse e não na consciência. A alma não é soma de bens, mas presença que se realiza na liberdade interior, na responsabilidade pelo tempo e na abertura ao Outro. Toda acumulação que ignora a finitude é apenas um adiamento do verdadeiro encontro com o ser. A vida não se mede pelo que se retém, mas pelo que se transforma. A eternidade, sussurrada pelo Salmo, exige do ser humano um juízo lúcido sobre o uso do tempo. Ser é mais do que ter — é saber-se passageiro e, portanto, chamado a um sentido que transcende o imediato. Só a consciência desperta é digna da herança que não apodrece.
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