Responsorium – Psalmus 68 (69)
Inspiratum ex Evangelio secundum Lucam 10,17-24
R. Salvum me fac, Deus, quoniam intraverunt aquæ usque ad animam meam.
R. Salva-me, ó Deus, porque as águas entraram até a minha alma. (Sl 68,2)
-
Infixus sum in limo profundi, et non est substantia: veni in altitudinem maris, et tempestas demersit me.
1 Afundei-me no lodo profundo, onde não há firmeza; entrei nas profundezas do mar, e a tempestade me submergiu. (Sl 68,3) -
Laboravi clamans, raucae factae sunt fauces meae; defecerunt oculi mei, dum spero in Deum meum.
2 Cansei-me de clamar, secaram-se as minhas gargantas; desfaleceu meu olhar enquanto esperava em meu Deus. (Sl 68,4) -
Deus, tu scis insipientiam meam: et delicta mea a te non sunt abscondita.
3 Ó Deus, tu conheces a minha insensatez, e as minhas culpas não te estão escondidas. (Sl 68,6) -
Ego vero orationem meam ad te, Domine: tempus beneplaciti, Deus. In multitudine misericordiæ tuæ exaudi me in veritate salutis tuæ.
4 Eu, porém, dirijo a minha oração a ti, Senhor; no tempo favorável, ó Deus. Pela abundância de tua misericórdia, ouve-me na verdade de tua salvação. (Sl 68,14)
Reflexão:
O clamor do salmista revela que a verdadeira força não nasce da ausência de dor, mas da coragem de permanecer voltado ao alto. As águas profundas simbolizam os pesos da vida, mas a alma livre não se define pelo que a oprime, e sim pelo que a sustém. Reconhecer limites não diminui, antes engrandece, porque conduz à vigilância e à lucidez. A espera em Deus forma a disciplina interior que não se rende ao desespero. O erro não é ocultado, mas transformado em ocasião de crescimento. O homem digno encontra no silêncio da oração o espaço para erguer-se com serenidade, sustentado pelo eterno.
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