Salmo Responsorial: 41(42) - 02.11.2025

 

Responsorium — Psalmus 41 (42)

Responsum:
Sicut cervus desiderat ad fontes aquarum, ita desiderat anima mea ad te, Deus.
Como o cervo anseia pelas fontes das águas, assim minha alma anseia por Ti, ó Deus. (Sl 41[42],2)

1 Sitivit anima mea ad Deum fortem vivum; quando veniam et apparebo ante faciem Dei?
Minha alma tem sede do Deus forte e vivo; quando irei e verei a face de Deus? (Sl 41[42],3)

2 Fuerunt mihi lacrimae meae panes die ac nocte, dum dicitur mihi quotidie: “Ubi est Deus tuus?”
Minhas lágrimas têm sido meu pão dia e noite, enquanto me dizem continuamente: “Onde está o teu Deus?” (Sl 41[42],4)

3 Haec recordatus sum et effudi in me animam meam, quoniam transibo in locum tabernaculi admirabilis, usque ad domum Dei.
Disto-me de mim mesmo ao recordar, pois passarei ao lugar do tabernáculo admirável, até a casa de Deus. (Sl 41[42],5)

4 Quare tristis es, anima mea, et quare conturbas me? Spera in Deo, quoniam adhuc confitebor illi, salutare vultus mei et Deus meus.
Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda O louvarei, Ele que é a salvação do meu rosto e o meu Deus. (Sl 41[42],6)

Reflexão:
O salmo é o grito da alma que busca reencontrar sua fonte. Como o jovem de Naim, o espírito humano adormece nas sombras da dor até ouvir a voz que diz: “Levanta-te.” A sede de Deus é o impulso vital que move o ser para além da matéria, conduzindo-o à plenitude interior. As lágrimas não são sinal de fraqueza, mas caminho de purificação. Quem persevera na busca encontra em si a nascente da vida. A esperança, silenciosa e firme, vence o desespero. Assim, o coração renasce quando compreende que toda ausência é apenas o prelúdio da Presença.

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Salmo Responsorial: 23(24) - 01.11.2025

 

Responsorium: Psalmus 23 (24)

Inspiratum ex Evangelio secundum Matthaeum 5,1-12

Responsum:
Qui ascendit in montem Domini, et stabit in loco sancto eius?
Quem subirá ao monte do Senhor e quem permanecerá em seu santo lugar? (Sl 23,3)

1. Domini est terra, et plenitudo eius, orbis terrarum, et universi qui habitant in eo.
A terra pertence ao Senhor e tudo o que nela existe, o mundo e os que nele habitam. (Sl 23,1)

2. Quia ipse super maria fundavit eum, et super flumina praeparavit eum.
Pois Ele a fundou sobre os mares e a firmou sobre os rios. (Sl 23,2)

3. Innocens manibus et mundo corde, qui non accepit in vano animam suam, nec iuravit in dolo proximo suo.
Aquele que tem mãos inocentes e coração puro, que não entrega sua alma à vaidade nem jura enganosamente. (Sl 23,4)

4. Hic accipiet benedictionem a Domino, et misericordiam a Deo salutari suo.
Este receberá a bênção do Senhor e a misericórdia do Deus de sua salvação. (Sl 23,5)

Reflexão:
Subir ao monte do Senhor é a metáfora da ascensão interior. Cada degrau é uma renúncia ao transitório e um passo em direção à essência. O coração puro, livre do engano e do medo, reconhece a vida como dom e a verdade como caminho. O homem justo não busca recompensas, mas age por fidelidade à ordem invisível que sustenta o universo. A pureza de mãos e de alma é a verdadeira força, pois domina o que está em si e harmoniza o que está fora. Assim, a alma ascende, não pelo poder, mas pela serenidade. E nessa altura, o Espírito contempla o Eterno.

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Salmo Responsorial: 147(147B) - 31.10.2025

 

Responsorium – Ex Psalmis 147 (147B)

Inspiratum ex Evangelio secundum Lucam 14,1-6

Responsum:
Qui emittit eloquium suum terræ: velociter currit verbum eius.
Aquele que envia sua palavra à terra: velozmente corre o seu verbo.
(Salmo 147,15)

1. Qui dat nivem sicut lanam, nebulam sicut cinerem spargit.
Aquele que dá a neve como lã, e espalha a névoa como cinza.
(Salmo 147,16)

2. Mittit crystallum suam sicut buccellas: ante faciem frigoris eius quis sustinebit?
Lança o seu gelo em pedaços: quem poderá resistir ao frio de sua presença?
(Salmo 147,17)

3. Emittet verbum suum, et liquefaciet ea: flabit spiritus eius, et fluent aquæ.
Envia sua palavra, e tudo se derrete: sopra o seu espírito, e as águas correm.
(Salmo 147,18)

4. Annuntiat verbum suum Jacob, iustitias et iudicia sua Israël.
Anuncia sua palavra a Jacó, suas leis e seus juízos a Israel.
(Salmo 147,19)

Reflexão:

O salmo revela a força invisível que ordena o mundo: uma palavra que, ao ser pronunciada, harmoniza matéria e espírito. A neve, o gelo e as águas são imagens da alma humana que alterna rigidez e fluidez conforme a presença da luz interior. Aquele que aprende a escutar o verbo silencioso da Criação encontra equilíbrio entre firmeza e doçura. Assim, o homem sábio age sem violência, mas com energia ordenada. Ele compreende que servir à verdade é libertar-se do medo, e que toda ação justa nasce do coração em paz com o próprio dever e com o ritmo eterno da vida.

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Salmo Responsorial: 108(109) - 30.10.2025

 

Responsorium — Ex Psalmis 108 (109)

Responsum:
Adiuva me, Domine Deus meus: salvum me fac secundum misericordiam tuam.
Ajuda-me, Senhor, meu Deus; salva-me segundo a tua misericórdia.
(Salmo 108:26)

1. Deus, laudem meam ne tacueris, quia os peccatoris et os dolosi super me apertum est.
Ó Deus, não fiques em silêncio diante do meu louvor, pois a boca do pecador e do enganador se abriu contra mim.
(Salmo 108:1)

2. Locuti sunt adversum me lingua dolosa, et sermonibus odii circumdederunt me, et expugnaverunt me gratis.
Falaram contra mim com língua enganosa, cercaram-me com palavras de ódio e combateram-me sem motivo.
(Salmo 108:2)

3. Pro eo quod me amabant, detrahebant mihi; ego autem orabam.
Em troca do meu amor, caluniavam-me; eu, porém, orava.
(Salmo 108:4)

4. Et posuerunt adversum me mala pro bonis, et odium pro dilectione mea.
Recompensaram-me o bem com o mal, e o amor com o ódio.
(Salmo 108:5)

Reflexão:

O clamor deste salmo reflete a jornada da alma que se eleva acima da injustiça e encontra serenidade na fidelidade ao bem. O homem que ora, mesmo diante da calúnia, experimenta uma liberdade interior que o mundo não pode oferecer. A resposta não está em revidar, mas em permanecer firme na verdade que habita o coração. A dor purifica, a paciência fortalece, e o silêncio diante do ódio é a mais alta expressão da dignidade. Assim, o espírito se engrandece, pois aprende que o poder da luz não está em vencer os outros, mas em vencer a si mesmo.

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Salmo Responsorial: 12(13) - 29.10.2025

 

Responsorium – De Psalmo 12 (13)

Responsum:
Illumina oculos meos, ne unquam obdormiam in morte.
Ilumina meus olhos, para que jamais eu adormeça na morte. (Sl 12,4)

1. Usquequo, Domine, oblivisceris me in finem? usquequo avertis faciem tuam a me?
Até quando, Senhor, te esquecerás de mim para sempre? Até quando esconderás de mim o teu rosto? (Sl 12,2)

2. Quamdiu ponam consilia in anima mea, dolorem in corde meo per diem?
Até quando guardarei planos em minha alma e tristeza no meu coração dia após dia? (Sl 12,3)

3. Respice, et exaudi me, Domine Deus meus: illumina oculos meos, ne unquam obdormiam in morte.
Olha para mim e escuta-me, Senhor meu Deus; ilumina meus olhos, para que jamais eu adormeça na morte. (Sl 12,4)

4. Ego autem in misericordia tua speravi; exsultabit cor meum in salutari tuo.
Eu, porém, confiei em tua misericórdia; meu coração se alegrará em tua salvação. (Sl 12,6)

Reflexão:
A alma, ao clamar pela luz, reconhece que a escuridão não vem de fora, mas do esquecimento interior. O pedido de iluminação é o gesto de quem deseja atravessar a porta estreita da consciência, onde o medo cede lugar à serenidade. A esperança brota quando o homem percebe que não está abandonado, mas chamado à lucidez. O silêncio de Deus é convite à maturidade do espírito. O despertar dos olhos simboliza o retorno à presença divina que nunca se ausentou. Assim, aquele que persevera na confiança descobre que a verdadeira vitória não é sobre o mundo, mas sobre a própria dispersão. 

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Salmo Responsorial: 18(19A) - 28.10.2025

 

Responsorium – De Psalmo 18 (19A)

Inspiratum ex Evangelio secundum Lucam 6,12-19

Responsum:
Caeli enarrant gloriam Dei, et opera manuum ejus annuntiat firmamentum.
Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia a obra de suas mãos. (Sl 18,2)

1. Dies diei eructat verbum, et nox nocti indicat scientiam.
O dia transmite ao dia a mensagem, e a noite à noite revela a sabedoria. (Sl 18,3)

2. Non sunt loquelae, neque sermones, quorum non audiantur voces eorum.
Não há fala, nem palavras, e não se ouve a sua voz, e mesmo assim ela ressoa. (Sl 18,4)

3. In omnem terram exivit sonus eorum, et in fines orbis terrae verba eorum.
Por toda a terra se espalhou o seu som, e até os confins do mundo chegaram as suas palavras. (Sl 18,5)

4. In sole posuit tabernaculum suum; et ipse tamquam sponsus procedens de thalamo suo.
Nele pôs uma tenda para o sol, que sai como um esposo do seu aposento, resplandecente de alegria. (Sl 18,6)

Reflexão:
A luz que se expande pelos céus é a mesma que emana do Cristo e cura a todos.
Não há voz mais alta que o silêncio daquele que conhece a própria verdade.
O universo inteiro é uma linguagem sem palavras, e o homem sábio aprende a ouvi-la.
Quem contempla essa ordem compreende que toda força nasce da harmonia interior.
O toque que cura é o mesmo que desperta: é a comunhão entre o alto e o íntimo.
A liberdade consiste em agir de acordo com essa luz sem impor-se sobre ninguém.
A grandeza do ser manifesta-se no equilíbrio entre o poder e a serenidade.
E quando a alma se ajusta ao ritmo do cosmos, torna-se ela mesma um cântico de paz.

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Salmo Responsorial: 67(68) - 27.10.2025

 Responsorium – De Psalmis 67 (68)

Inspiratum ex Evangelio secundum Lucam 13,10-17

Responsum:
Exsurgat Deus, et dissipentur inimici eius.
Levante-se Deus, e sejam dispersos os seus inimigos. (Sl 67,2)

1. Sicut deficit fumus, deficiant; sicut fluit cera a facie ignis, sic pereant peccatores a facie Dei.
Como se dissipa a fumaça, assim se dissipem; como a cera se derrete diante do fogo, assim pereçam os pecadores diante de Deus. (Sl 67,3)

2. Et iusti laetentur, et exsultent in conspectu Dei: delectentur in laetitia.
E alegrem-se os justos, e exultem na presença de Deus; regozijem-se na alegria. (Sl 67,4)

3. Cantate Deo, psalmum dicite nomini eius; iter facite ei, qui ascendit super occasum.
Cantai a Deus, cantai salmos ao seu nome; preparai caminho àquele que cavalga sobre o ocaso. (Sl 67,5)

4. Pater orphanorum, et iudex viduarum: Deus in loco sancto suo.
Pai dos órfãos e defensor das viúvas é Deus na sua santa morada. (Sl 67,6)

Reflexão:
O clamor do salmista ecoa no gesto de Cristo que ergue a mulher encurvada: Deus levanta os que se inclinam sob o peso invisível. O fogo divino consome as amarras da alma e restaura a verticalidade do ser. A justiça, aqui, não é vingança, mas harmonia interior que se manifesta em serenidade. O homem que permite a ação do Espírito reencontra o caminho do equilíbrio e do louvor. A alegria dos justos é a expressão da consciência liberta, que se torna reflexo da própria ordem divina. Assim, elevar-se é unir o céu e a terra no silêncio da alma restaurada.

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Salmo Responsorial: 33(34) - 26.10.2025

 

Responsorium – De Psalmo 33 (34)

Inspiratum ex Evangelio secundum Lucam 18,9-14

Responsum:
Prope est Dominus iis, qui contrito sunt corde, et humiles spiritu salvabit.
O Senhor está perto dos que têm o coração contrito, e salvará os de espírito humilde.
(Sl 33[34],19)

1. Benedicam Dominum in omni tempore: semper laus eius in ore meo.
Bendirei o Senhor em todo o tempo; o seu louvor estará sempre em minha boca.
(Sl 33[34],2)

2. In Domino laudabitur anima mea: audiant mansueti, et laetentur.
No Senhor se gloria a minha alma; ouçam os mansos e alegrem-se.
(Sl 33[34],3)

3. Accedite ad eum, et illuminamini: et facies vestrae non confundentur.
Aproximai-vos dele e sereis iluminados, e vossos rostos não ficarão confundidos.
(Sl 33[34],6)

4. Clamaverunt iusti, et Dominus exaudivit eos: et ex omnibus tribulationibus eorum liberavit eos.
Os justos clamaram, e o Senhor os ouviu, e de todas as suas tribulações os libertou.
(Sl 33[34],18)

Reflexão:
O louvor que se eleva do coração humilde é o eco da verdade interior. O homem que reconhece sua fragilidade aproxima-se do Eterno com pureza e encontra força na simplicidade. Não há liberdade maior que a de quem se desprende da vanglória e se entrega à serenidade do bem. O silêncio da alma contrita torna-se caminho de luz. O justo não busca aprovação, mas comunhão com o que é eterno. Assim, cada dor é purificação, e cada gesto sincero, ascensão. Aquele que se humilha diante da Verdade não desce, ele retorna ao centro onde a vida encontra seu sentido mais alto.

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Salmo Responsorial: 23(24) - 25.10.2025

 Responsorium – De Psalmo 23 (24)

Inspiratum ex Evangelio secundum Lucam 13,1-9

Responsum:
Domini est terra, et plenitudo eius: orbis terrarum, et universi qui habitant in eo.
A terra pertence ao Senhor, e tudo o que nela existe; o mundo e todos os que nele habitam. (Sl 23[24],1)

1. Qui ascendit in montem Domini? aut quis stabit in loco sancto eius?
Quem subirá ao monte do Senhor? Quem permanecerá em seu lugar santo? (Sl 23[24],3)

2. Innocens manibus et mundo corde, qui non accepit in vano animam suam, nec iuravit in dolo proximo suo.
Aquele que tem mãos puras e coração sincero, que não entrega a alma à vaidade, nem jura enganosamente ao seu próximo. (Sl 23[24],4)

3. Hic accipiet benedictionem a Domino, et misericordiam a Deo salutari suo.
Esse receberá a bênção do Senhor e a misericórdia do Deus de sua salvação. (Sl 23[24],5)

4. Hæc est generatio quærentium eum, quærentium faciem Dei Iacob.
Esta é a geração dos que O buscam, dos que procuram a face do Deus de Jacó. (Sl 23[24],6)

Reflexão:
O salmo ecoa o Evangelho como um convite à ascensão interior. Subir ao monte do Senhor é elevar a própria alma acima da dispersão das paixões e reencontrar o centro de onde brota o sentido da vida. A pureza das mãos e do coração simboliza a unidade entre o que se faz e o que se é. O homem que busca a face divina encontra, em si mesmo, a clareza do propósito e a serenidade da liberdade. A conversão é movimento de subida: não fuga do mundo, mas transformação da existência em ato consciente, onde a dignidade floresce como fruto maduro da alma desperta.

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Salmo Responsorial: 118(119) - 24.10.2025

 

Responsorium — De Psalmo 118 (119)

Inspiratum ex Evangelio secundum Lucam 12,54-59

Responsum:
Illumina oculos meos, ut videam mirabilia de lege tua.
Ilumina os meus olhos, para que eu veja as maravilhas da tua lei.
(Sal 118[119],18)

1. Doce me, Domine, bonitatem et disciplinam et scientiam: quia mandatis tuis credidi.
   Ensina-me, Senhor, bondade, disciplina e sabedoria, pois confio nos teus mandamentos.
   (Sal 118[119],66)

2. Lucerna pedibus meis verbum tuum, et lumen semitis meis.
   Tua palavra é lâmpada para meus pés e luz para meus caminhos.
   (Sal 118[119],105)

3. Tempus faciendi Domino: dissipaverunt legem tuam.
   É tempo de agir, Senhor, pois violaram a tua lei.
   (Sal 118[119],126)

4. Dirige gressus meos secundum eloquium tuum: et non dominetur mei omnis injustitia.
   Dirige os meus passos segundo a tua palavra, e não deixes que a injustiça me domine.
   (Sal 118[119],133)

Reflexão:
O salmista implora a luz que revela o sentido do caminho — a mesma luz que Cristo convida a discernir no tempo presente. A alma que busca compreender aprende que a verdade não se impõe; manifesta-se silenciosa na consciência desperta. Discernir é ver com o olhar interior, distinguir o que conduz à vida daquilo que aprisiona. A liberdade nasce dessa clareza, do domínio de si diante do fluxo das circunstâncias. Agir segundo a palavra é ordenar o mundo interno, harmonizando o desejo com o bem. Assim, a justiça não é peso, mas direção; e o tempo, uma escola de sabedoria e serenidade.

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Salmo Responsorial: 1 - 23.10.2025

 

Responsorium – De Psalmo 1

(Inspiratum in Evangelium secundum Lucam 12,49-53)

Responsum:
Beatus vir, qui non abiit in consilio impiorum.
Feliz o homem que não segue o conselho dos ímpios. (Sl 1,1)

1. Sed in lege Domini voluntas eius, et in lege eius meditabitur die ac nocte.
Antes, tem prazer na lei do Senhor e nela medita dia e noite. (Sl 1,2)

2. Et erit tamquam lignum quod plantatum est secus decursus aquarum, quod fructum suum dabit in tempore suo.
Será como árvore plantada junto às correntes de águas, que dá o seu fruto no tempo certo. (Sl 1,3)

3. Non sic impii, non sic: sed tamquam pulvis quem proicit ventus a facie terrae.
Não são assim os ímpios: são como a palha que o vento dispersa da face da terra. (Sl 1,4)

4. Quoniam novit Dominus viam iustorum, et iter impiorum peribit.
Pois o Senhor conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios perecerá. (Sl 1,6)

Reflexão:
O fogo que Cristo veio acender é o mesmo que separa o justo do injusto, o essencial do efêmero. A alma que busca a retidão torna-se árvore junto às águas, enraizada na verdade interior. A chama divina purifica e ilumina, conduzindo o ser ao equilíbrio entre razão e fé. Não há paz na indiferença, mas na consciência desperta que escolhe o bem mesmo em meio à divisão. O sopro do vento não destrói quem tem raízes na luz. Assim, a liberdade nasce da fidelidade ao eterno, e o fogo do Senhor se faz claridade no coração que compreende e permanece firme.

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