Responsório inspirado no Evangelho Lucas 1,5-25
(Versos do Salmo 70 da Vulgata)
Resposta:
De ventre matris meæ, tu es protector meus. (Salmo 70,6)
Do ventre de minha mãe, tu és o meu protetor.
Versículo 1:
In te, Domine, speravi, non confundar in æternum. (Salmo 70,1)
Em ti, Senhor, confiei; não serei confundido eternamente.
Versículo 2:
Inclina ad me aurem tuam, et salva me. (Salmo 70,2)
Inclina para mim o teu ouvido e salva-me.
Versículo 3:
Esto mihi in Deum protectorem, et in locum munitum: ut salvum me facias. (Salmo 70,3)
Sê para mim um Deus protetor, um lugar fortificado, para que me salves.
Versículo 4:
Quoniam tu es patientia mea, Domine; Domine, spes mea a juventute mea. (Salmo 70,5)
Pois tu és minha paciência, Senhor; Senhor, és minha esperança desde minha juventude.
Reflexão
O anúncio do anjo a Zacarias revela que Deus acompanha a humanidade em cada etapa de sua história. Como no Salmo, percebemos que a proteção e o cuidado divinos começam desde o ventre materno. Esse “ser protegido” reflete a promessa do Deus que jamais abandona os seus, mesmo quando a esterilidade física ou espiritual parece tomar conta.
Zacarias, ao ouvir a promessa, duvidou momentaneamente; no entanto, o silêncio que lhe foi imposto o ensinou a escutar mais profundamente. Muitas vezes, o silêncio é a chave para percebermos as promessas de Deus agindo em nossas vidas. Somos protegidos desde o ventre, mas, ao longo do caminho, esquecemos a Fonte dessa proteção e esperança.
Como João Batista, somos chamados a ser sinais vivos de que Deus está presente, de que Ele prepara caminhos onde tudo parece fechado. O ventre estéril que gera vida torna-se símbolo da fecundidade divina em nossos dias. Quando permitimos que Deus incline o ouvido ao nosso clamor, descobrimos que Ele já estava ali, conosco desde o início, sustentando-nos e conduzindo-nos ao Seu propósito eterno.
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