Responsorium – De profundis afflictionis
(Inspirado em Mateus 11,20–24)
R. Salvum me fac, Deus: quoniam intraverunt aquæ usque ad animam meam.
Salva-me, ó Deus, porque as águas entraram até a minha alma.
(Salmo 68[69],2)
1. Infixus sum in limo profundi: et non est substantia.
Afundei no lodo profundo, e não há apoio firme.
(Salmo 68[69],3)
2. Laboravi clamans, raucae factae sunt fauces meae; defecerunt oculi mei, dum spero in Deum meum.
Estou cansado de clamar, minha garganta se tornou rouca; meus olhos se consomem, esperando por meu Deus.
(Salmo 68[69],4)
3. Plures sunt quam capilli capitis mei qui oderunt me gratis:
São mais numerosos que os cabelos da minha cabeça os que me odeiam sem causa.
(Salmo 68[69],5)
4. Ego autem orationem meam ad te, Domine, tempus beneplaciti: Deus, in multitudine misericordiæ tuæ exaudi me.
Quanto a mim, elevo minha oração a ti, Senhor, no tempo favorável: ouve-me, ó Deus, por tua imensa misericórdia.
(Salmo 68[69],14)
Reflexão:
Neste responsório, a alma que reconhece o peso de sua própria indiferença ergue-se para clamar. As cidades repreendidas por Cristo são figuras de corações afogados na ilusão da autossuficiência, esquecidos de sua vocação ao infinito. Mas mesmo o ser submerso no lodo ainda pode erguer a voz e escolher a luz. A verdadeira grandeza humana não está em jamais cair, mas em querer novamente subir. A oração torna-se o gesto da liberdade interior que busca sentido, dignidade e transcendência. E na escuta do clamor, a Graça responde, pois Deus respeita a liberdade, mas jamais recusa a alma que se abre à transformação.
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