Responsorium – Psalmus 21 (22)
Inspirado no Evangelho de Lucas 19,28-40
Responsum:
In te speraverunt patres nostri: speraverunt, et liberasti eos. (Psalmus 21:5)
Em ti confiaram nossos pais: confiaram, e tu os libertaste. (Salmo 21:5)
1. Deus, Deus meus, respice in me: quare me dereliquisti? longe a salute mea verba delictorum meorum. (Psalmus 21:2)
Deus, meu Deus, volta-te para mim: por que me abandonaste? Estão longe da minha salvação as palavras dos meus clamores. (Salmo 21:2)
2. Ego autem sum vermis, et non homo: opprobrium hominum, et abiectio plebis. (Psalmus 21:7)
Eu, porém, sou verme e não homem: opróbrio dos homens e desprezado pelo povo. (Salmo 21:7)
3. Confitebor tibi in ecclesia magna: in populo gravi laudabo te. (Psalmus 21:26)
Eu te louvarei na grande assembleia: no meio de um povo numeroso te glorificarei. (Salmo 21:26)
4. Manducabunt pauperes, et saturabuntur: et laudabunt Dominum qui requirunt eum; vivent corda eorum in saeculum saeculi. (Psalmus 21:27)
Os pobres comerão e se saciarão; louvarão o Senhor os que o buscam; seus corações viverão para sempre. (Salmo 21:27)
Reflexão:
Aquele que entra em Jerusalém sobre o jumentinho é o mesmo que clama na solidão da dor. Sua glória não está no poder visível, mas na fidelidade invisível ao sentido profundo de todas as coisas. O povo o louva, mas também o rejeita — e Ele permanece. Pois o ser que reconhece em si a centelha da origem caminha entre os extremos sem perder o eixo. A confiança dos antigos revela a trajetória do espírito que se entrega para elevar. A liberdade que salva é a que brota do abandono de si à verdade. E mesmo as pedras clamariam, pois tudo vibra diante do Verbo que se oferece. Onde há louvor verdadeiro, há também vida que não cessa.
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